sexta-feira, 22 de março de 2013

Paradoxos II

Não quero fraquejar, mesmo sentindo as lágrimas que não param de correr. Quero continuar a ser o pilar da família que criei, quero ser a mamã forte da M., quero ser a profissional que vai à luta e consegue alcançar os seus objectivos. 
Quero acreditar que é possível, que a mediocridade de certas partes do meu dia e a ausência total de boas perspectivas profissionais serão passageiras. Não posso deixar que os dias e as noites da minha vida sejam apenas uma escorrência de segundos e minutos e horas, sem pontos de exclamação, sem gargalhadas, sem a alma cheia de jovialidade. 
Sou a mãe da M. e isso basta para me encher o coração de amor, para ser invadida por um onda de ternura quando a tenho nos braços e para que tudo o resto não me impeça de me sentir assoberbada, de vez em quando. 

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