sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

De namorados e não só.

Ontem foi Dia dos Namorados e, além de eu não dar grande importância à existência de um dia para a comemoração de uma relação, acabei por reparar que, pela primeira vez, comemorei o dia com o meu namorado. Até aqui tudo seria normal se eu não tivesse já ultrapassado a barreira dos 40! E, se antes eu sentia alguma tristeza pelo facto, resolvi reverter a situação e passar a achar o máximo comemorar agora aos 41 anos pela primeira vez. 
Se me perguntarem como foi possível passar assim mais de duas décadas da minha vida (fazendo assim um cálculo "por cima" desde o primeiro namorado, algures na adolescência), eu não saberei responder com exactidão. Poderei dizer que passei longas temporadas sem namorado (ou alguém que pudesse considerar como tal) e que, quando existia alguém, por artes sabe-se lá de quem, não estávamos juntos neste dia. Diria que foi uma longa sucessão de (in)felizes coincidências. 
Estou com o meu namorado há cerca de dois anos e meio, mas há dois anos estávamos separados por 2000 km e o ano passado por 250 km, portanto a comemoração foi feita noutras datas ou da forma como a distância nos permitia. Não foi certamente por não comemorar o dia de S. Valentim que todas as minhas relações anteriores não resultaram. Acontece que acredito que o Universo conspirava sempre contra mim para eu ir ficando disponível até chegar a vez desta relação que mantenho actualmente. Hoje penso que "we were meant to be together" e vou sempre reforçando essa ideia nos momentos diários em que observo a atenção que ele me dedica ou nos momentos de partilha e de harmonia que vivemos. Sempre que o contemplo sei que sim, que "we were meant to be together", porque se assim não fosse não teríamos conseguido ultrapassar barreiras que pareciam intransponíveis, manter-nos unidos contra todas as expectativas e aguentar dificuldades e dardos de veneno alheio. 
Será um cliché mas a verdade é que comemoramos o tal Dia dos Namorados todos os dias. Talvez porque aprendemos a lição nas anteriores relações e sabemos agora valorizar todos os momentos, não desperdiçamos tempo, tentamos sempre mimar/cuidar do outro e não nos detemos com dias de comemoração impostos. 
Deixo-vos um repto: passar a comemorar hoje, amanhã, depois de amanhã e sempre o dia dos namorados  e nunca considerar o outro como "certo".
  

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